HOMOSSEXUALIDADE MASCULINA
Marcos, 36, casou e teve dois filhos para esconder da família Pai de dois filhos e casado por sete anos com uma mulher, o professor Marcos, 36, terminou há um mês um relacionamento que durou oito anos com outro homem.
A homossexualidade de Marcos (nome fictício) floresceu ainda na adolescência, mas por ter recebido uma educação rígida, ele disse ter feito de tudo para evitar o que sentia.
"Para quem tem uma educação religiosa como a que eu tive é difícil. Eu dizia que não ia cair em tentação", disse Marcos, que aos 16 anos teve sua primeira experiência homossexual.
"Para mim foi bom porque eu tinha desejo, mas era conflitante por causa da minha educação. Meu pai era machista e militar. Ignorei o que aconteceu e desisti. Sabia que vontade eu ia ter sempre, mas achava que ia resistir."
Mesmo sentindo desejo por homens, o professor namorou várias mulheres até que uma delas engravidou e eles acabaram se casando. "Achei que ia para frente [o casamento]. Eu pensava que devia me anular e me dedicar aos meus filhos. O tempo passou e percebi que a felicidade deles não dependia exclusivamente de mim", afirmou.
O casamento foi acabando aos poucos, mas não foi Marcos quem tomou a iniciativa. "Como não tinha atração da minha parte, ela também foi perdendo o interesse e arrumou outra pessoa. Depois que nos separamos ela se arrependeu, só que não dava mais."
A mulher de Marcos descobriu a homossexualidade do ex-marido quando, três meses depois, ele começou a se relacionar com um homem. "Fiquei junto com ele oito anos. Faz um mês que eu terminei. Agora estou com outra pessoa", disse o professor.
Além dos amigos mais íntimos e da ex-mulher, a única pessoa que sabe da homossexualidade do professor é sua irmã. "Para a minha família eu não assumo de jeito nenhum. A minha irmã sabe, não aceita, mas nem quer imaginar. Meu pai morreu há seis meses sem saber. Acho que não preciso agredir quem não está preparado para aceitar", disse.
Para Marcos, o fato de ele ter tido dois filhos aliviou a desconfiança da família. No entanto, ele acha que os familiares devem estranhar seu comportamento. "Alguém deve saber. Estou separado há oito anos e nunca tive nada com outra mulher."
Mesmo não assumindo para a família sua opção sexual, Marcos diz que não faz questão de se reprimir. "Eu me soltei um pouco. Hoje não me importo com o que as pessoas pensam. Só temo pela minha família", disse.
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http://www.uol.com.br/folha/equilibrio/comportamento/ult561u38.shtml
A homossexualidade de Marcos (nome fictício) floresceu ainda na adolescência, mas por ter recebido uma educação rígida, ele disse ter feito de tudo para evitar o que sentia.
"Para quem tem uma educação religiosa como a que eu tive é difícil. Eu dizia que não ia cair em tentação", disse Marcos, que aos 16 anos teve sua primeira experiência homossexual.
"Para mim foi bom porque eu tinha desejo, mas era conflitante por causa da minha educação. Meu pai era machista e militar. Ignorei o que aconteceu e desisti. Sabia que vontade eu ia ter sempre, mas achava que ia resistir."
Mesmo sentindo desejo por homens, o professor namorou várias mulheres até que uma delas engravidou e eles acabaram se casando. "Achei que ia para frente [o casamento]. Eu pensava que devia me anular e me dedicar aos meus filhos. O tempo passou e percebi que a felicidade deles não dependia exclusivamente de mim", afirmou.
O casamento foi acabando aos poucos, mas não foi Marcos quem tomou a iniciativa. "Como não tinha atração da minha parte, ela também foi perdendo o interesse e arrumou outra pessoa. Depois que nos separamos ela se arrependeu, só que não dava mais."
A mulher de Marcos descobriu a homossexualidade do ex-marido quando, três meses depois, ele começou a se relacionar com um homem. "Fiquei junto com ele oito anos. Faz um mês que eu terminei. Agora estou com outra pessoa", disse o professor.
Além dos amigos mais íntimos e da ex-mulher, a única pessoa que sabe da homossexualidade do professor é sua irmã. "Para a minha família eu não assumo de jeito nenhum. A minha irmã sabe, não aceita, mas nem quer imaginar. Meu pai morreu há seis meses sem saber. Acho que não preciso agredir quem não está preparado para aceitar", disse.
Para Marcos, o fato de ele ter tido dois filhos aliviou a desconfiança da família. No entanto, ele acha que os familiares devem estranhar seu comportamento. "Alguém deve saber. Estou separado há oito anos e nunca tive nada com outra mulher."
Mesmo não assumindo para a família sua opção sexual, Marcos diz que não faz questão de se reprimir. "Eu me soltei um pouco. Hoje não me importo com o que as pessoas pensam. Só temo pela minha família", disse.
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http://www.uol.com.br/folha/equilibrio/comportamento/ult561u38.shtml